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“Setor, que já vinha em uma crescente de nichos, avança no e-commerce e se depara com um consumidor mais consciente e com menos recursos para compras por impulso”
A pandemia do novo coronavírus forçou milhões de pessoas em todo o mundo a adotar uma nova rotina: o home office. Nos primeiros dias, muita gente se rendeu ao pijama: ele virou uniforme oficial para o trabalho em casa. Mas as reuniões surpresa por vídeo começaram a aparecer, e logo deu para perceber que ficar de pijama o dia inteiro não era uma boa ideia. Foi aí que surgiu, em meio à crise, uma oportunidade para o varejo: a moda confortável.
Uma indústria que movimenta trilhões e gera milhões empregos - direta ou indiretamente – tanto no varejo físico quanto no e-commerce, a Moda sempre foi uma peça fundamental na economia de todo o mundo, mas que se tornou supérflua após o anúncio da pandemia do vírus COVID-19. Pensar em desfiles, grifes ou a próxima coleção passou a ser irrelevante diante de tantas mortes e do isolamento social. O setor, no entanto, vem investindo para não ficar para trás.
As lacunas deixadas outrora, hoje são fundamentais para que as marcas não amarguem prejuízo. O e-commerce, que ainda patinava, passou a ser prioritário, assim como a questão de consumo consciente:…
A possibilidade de acompanhar mais “vitrines” em uma única tela fez crescer a preocupação com a origem das peças, uma vez que é possível comparar marcas e ler mais sobre o assunto nos sites que promovem uma moda sustentável.
As novas gerações parecem rejeitar cada vez mais a moda passageira e impositiva, preferindo comprar de marcas sustentáveis e que se preocupam com as formas de produção. Dai entramos na Moda confortável
Do moletom às peças mais soltinhas, os looks confortáveis tomaram conta do guarda-roupa no confinamento. E esse estilo veio para ficar: a tendência é que o comfy dite o que vamos vestir em 2021. Guarde o salto alto e as peças trabalhadas no brilho, pois a aposta é uma reconexão com a natureza – o viés sustentável, os itens feitos à mão e os tons terrosos e neutros prometem vir com tudo quando a temperatura voltar a subir.
E a expectativa em torno dessa influência nos looks vem da própria história. Após a Primeira Guerra, peças mais funcionais e neutras, inspiradas no universo masculino, ganharam espaço.
Depois da Segunda Guerra, foi a vez do New Look de Christian Dior, apostando em feminilidade, sensualidade e silhueta marcada com elegância.
Agora, o impacto virá nas roupas e na forma de consumo: o novo cenário jogou luz sobre a importância de comprar produtos das marcas locais e consolidou o mercado digital. As grifes ainda serão cobradas a expor seus valores para conquistar um público mais exigente, que vai escolher a dedo quais bandeiras quer levantar com as peças que veste. Diversidade, inclusão e colaboração são alguns dos temas que vão nortear as produções do futuro.
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